na oficina de trabalho
do meu avô. Uma das minhas tias só dizia que não achava graça nenhuma, a mata
até entendia, mas ali naquele lugar escuro e poeirento, porque queria eu tirar
fotos ali? A verdade é que acho-o um espaço maravilhoso. É um espaço cheio de
detalhes, uns bonitos, outros feios. Mas isso é que o torna encantador, caixas
de comprimidos cheios de pregos e parafusos, madeiras espalhadas, ferramentas
alinhadas, outras no meio da balburdia. Ali sente-se o meu avô, aquilo era a
essência do meu avô. E é apenas isso que quero respeitar. O meu avô fazia ali a
sua arte, ontem eu conjuguei a minha arte com aquele espaço esquecido e
devoluto. Aquela oficina está ‘abandonada’ desde 2003, mas as ferramentas
continuam dispostas como ele as deixou. Com bolos á mistura, foi isso que quis
captar.
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